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sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Os filmes de Hitchcock

por Jorge Diniz

Para o bolo de bolacha vai precisar de 2 colheres de... Oh! Estou no sítio errado! 
Vou-vos falar de Hitchcock.



Alfred Joseph Hitchcock (1899 – 1980). Iniciou-se no cinema em 1920 começando a trabalhar como designer de title cards para os filmes mudos e, mais tarde, foi promovido a Diretor de Arte (era um artista competente!), interessou-se também pela escrita e foi em 1922 que se estreou como realizador em Number 13. Não teve sucesso.
Mas não desistiu. Continuou com o cinema mudo inglês e oficializou-se como realizador com The Pleasure Garden, onde começa a revelar as suas características distintas (homens voyeristas e psicopatas), passando por O Hóspede até Chantagem, do qual fez um versão sonora, sendo, assim, o primeiro filme sonoro da Grã-Bretanha. 

Em 1934 dá-nos 39 Degraus, a sua primeira obra-prima. Alterou o romance de espionagem de John Bucham, introduziu uma loira na história e ficámos, então, com um thriller tipicamente hitchcockiano de uma perseguição, já com um cheirinho a paranoico. Consegue, aqui, manter a audiência sempre na dúvida e agarra-la com os seus twists inesperados.

O seu primeiro filme em Hollywood é Rebecca (1940), um misto de drama e ,atrevo-me, comédia romântica. Ao longo dos anos 40 fez mais 15 filmes, dos quais destaco Difamação e A Corda.

Chegamos aos anos 50 – o auge da carreira de Hitchcock. A Janela Indiscreta, com James Stewart e Grace Kelly é a epítome do cinema do realizador. Entretenimento  autêntico num quarteirão, que traz ao de cima o prazer do voyerismo. 
Apresenta-nos Vertigo em 1958, com Kim Novak, que substituia Vera Miles, e Stewart. Inovador a nível artístico, no qual desenvolveu o vertigo shot, técnica ainda usada no cinema actual. Um filme desconcertante sobre a obsessão e o suicido mas que é considerada a sua obra prima mais brilhante. 
Entre outros, destaco O Desconhecido No Norte-Expresso(1951), A Chamada Para a Morte(1954) e Intriga Internacional (para ver!).

Nos anos 60, realiza Os Pássaros e Cortina Rasgada, entre outros. Dedica-se à televisão com duas séries de pequenos filmes tipicamente hitchcockianos e eis que chega Psycho. Filmado a preto e branco, porque a cores seria ‘repugnante’, segundo o realizador. Redefiniu o terror, mostrando-nos que os sentimentos nos tornam vulneráveis. Hitch mostrou-se sem medo quando decidiu eliminar a personagem principal de Janet Leigh ao fim de 40 minutos, estando o espectador a ver um filme errado sobre uma mulher que rouba 40 mil dólares para o namorado e que acaba morta no chuveiro.
A película celebrou recentemente 50 anos e terá direito a um filme que retrata as dificuldades passadas pelos actores e do próprio realizador durante a produção do mesmo.


Hitchcock deixou-nos um legado rico e que merece ser descoberto por quem ainda não o conhece e deve fazer parte na colecção de qualquer cinéfilo. 
Quem não adora Hitchcock, não adora cinema.

7 comentários:

  1. Post interessante. Embora lhe falte um pouco de subjectivismo para o diferenciar de uma página da Wikipedia.

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    1. Obrigado pela critica. Percebo o teu ponto de vista, já que é difícil condensar todos os filmes do realizador num texto A4 e tentar, ao mesmo tempo, dar a minha opinião. Será uma coisa a melhorar com o tempo :)

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  2. O Hitchcock é um dos maiores mestres da História do Cinema. Contudo, pelo que tenho visto do trailer do filme de cinema "Hitchcock", o tom e caracterização da personagem não me parece lá muito cativante.
    O Hopkins foi mal escolhido e mais parece um boneco do que o mestre. Nesse aspecto o telefilme "The Girl" com o Toby Jones está com muito melhor aspecto e o actor muito melhor escolhido (e é para televisão)...

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    1. Percebo-te bem. O que fizeram pelo Hopkins, ou o que ele fez por ele próprio, pode ter acabado numa caracterização quase cartoonista... No entanto também é sabido que o actor sabe surpreender.:P
      Todavia, achei a história do 'Hitchcock' mais interessante que a do 'The Girl'.
      É esperar para ver!

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    2. Só vendo os dois filmes... ainda nada vi, apenas os trailers de ambos e retive com esse feeling. :-)

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  3. Não conhecia o blogue! Gostei imenso e vou começar a seguir (: Parabéns pelo trabalho desenvolvido.

    Cumprimentos cinéfilos,
    Sarah Queiroz

    http://depoisdocinema.blogspot.pt

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  4. Obrigado Sarah! Ainda bem que gostaste e espero que não fujas de nós!

    Abraço!

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