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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Arquitectura não está em crise; responde à crise!



Arquitectura , se verificarmos o significado  que nos vem do  Grego αρχή [arkhé]"primeiro" ou "principal" e τέχνη [tékhton]  "construção", ou seja, desde que o homem precisa de se abrigar, que tem necessidade de construir,  arranjar o principal  refugio ou espaço de permanência construído, para descansar (dormir) e comer (sem ser ao relento ou às intempéries).

A crise altera a forma de se ocupar o espaço, dependendo  essencialmente das necessidades emergentes de quem o ocupa. O Espaço é ajustado às necessidades primárias (Comer, Defecar e Dormir) quando todas as outras necessidades passam a ter um papel secundário e a luta pela sobrevivência, está em 1ª linha, repercute-se na forma de as pessoas se alojarem.

Há notícia de propostas de alugueres partilhados por diferentes famílias, pessoas e culturas. A necessidade de interajuda e de poupança leva à ocupação dos espaços de uma forma muito mais promíscua “sobreposição de privacidade (s)”.

Deve-se pesquisar e recordar os familistérios na Era da Revolução Industrial.
Estão a haver movimentos migratórios do Homem pelo Globo de uma forma jamais vista. A 2ª globalização após os Descobrimentos do séc. XV.

Falam-se 5 línguas diferentes numa paragem de autocarro, afluem 6000 estudantes de “Erasmus” de variadíssimos países à  cidade do Porto; centenas de estudantes de nacionalidades diferentes trazem a sua diferente maneira de estar e de viver, são originários do Norte, do Sul, e de Leste da Europa. Trazem consigo toda uma carga Cultural que vai alterar a cidade para sempre. O que se passa no Porto passa-se em toda a Europa e em vários países de diferentes Continentes do Mundo. O Mundo nunca mais será igual. A globalização começa essencialmente na fusão das Culturas.

Temos aqui aspectos muito importantes associados, A crise e a globalização, a Migração, a procura de novos horizontes. A Sobrevivência e o Lugar a que têm direito.
Estamos a passar por um momento , que revolucionará o Mundo sob todas as formas de Viver, Habitar, Manifestar (Arte, escrita, ciência, filosofia …). Fazem-se acordos ortográficos, através da escrita surgem novas formas de expressão e de valores.
A Arquitectura dá resposta imediata, adapta-se imediatamente, os espaços moldam-se, metamorfoseiam-se, mudam como que instantaneamente, os acessos alteram-se as regras condominiais são novamente legisladas, as leis mudam. O Espaço muda radicalmente.
O Espaço é cada vez mais Efémero.

Quem se recorda da casa de família em que havia os senhores e os criados? A casa e os caseiros? A sala e a Copa e a cozinha? Quem partilha de um espaço destes hoje em dia?
A sala e a cozinha, por motivos óbvios está a deixar de estar separada. A Construção será alterada em função das novas exigências da Habitação e dos espaços da colectividade.

A crise trouxe o novo sentido de poupança energética, é uma crise Mundial. A forma de gastar água, o aquecimento, a electricidade, o gaz. A economia de meios, a casa equipada para se dormir e estar, com casa de banho, sem lavandaria. Os centros comunitários de lavagem de roupa, a utilidade das máquinas (carros comunitários a electricidade)

A saúde, será outra das questões importantes que virá com a crise. As doenças surgirão com mais frequência, a falta de natalidade e o envelhecimento das populações, será outra das questões que obriga à transferência dos velhos para áreas de conforto, que não existem mais por falta de verba das famílias carenciadas. (4) Com o  empobrecimento da sociedade terá que surgir o Renascimento das Ideias, e a essência da vida surgirá com mais impacto pela mão dos criativos  .
A Nova Revolução –  da  Arquitectura e todas de todas as Artes , Ciências e Filosofia Humana.

A DIFICULDADE aguça o ENGENHO.


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